terça-feira, 6 de outubro de 2009

Prémio Nobel

O Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia deste ano foi atribuído conjuntamente a três cientistas (vê fotos e nomes abaixo) pelos estudos e descoberta da enzima Telomerase e dos Telómeros como protectores das extremidades dos cromossomas, actuando como protectores do “envelhecimento dos cromossomas”.
A relevância da descoberta prende-se, antes de mais e a curto prazo, com o facto de percebermos que a Telomerase está entre os factores que distinguem as células tumorais das células normais que lhe deram origem.
São extremamente raros os marcadores moleculares comuns a todos os tipos de cancro e a Telomerase é um deles.
Estudos clínicos mostram que 90% de todos os tumores expressam Telomerase e provêm de células normais que não a possuíam.
Assim, a Telomerase pode ser utilizada como factor de diagnóstico no despiste precoce do cancro.
A Telomerase é hoje alvo de estudo por companhias farmacêuticas que pretendem inibir a sua actividade em cancros.
Espera-se um tratamento que, ao contrário de quase a totalidade das terapias correntes, terá como alvo exclusivo as células tumorais, não induzindo a toxicidade generalizada no organismo humano. Estes estudos ora premiados abrem ainda as portas a muitas possibilidades de inúmeros outros tratamentos, para quase todas as doenças, uma vez que permitiram perceber como é que as células protegem o seu material genético quando se dividem, isto é, como os cromossomas podem ser inteiramente copiados e como eles se protegem contra a degradação natural que ocorre na divisão.

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