sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Problemas Cardíacos em Múmias

      Um grupo de cientistas da Universidade de San Diego descobriu que os problemas cardiovasculares têm mais de 3500 anos e já eram conhecidos dos antigos egípcios, pelo que é necessário olhar além dos factores de risco contemporâneos para compreender adequadamente as doenças do coração, que se prova agora não serem exclusivas da modernidade.
      Os investigadores realizaram tomografias computadorizadas para examinar 22 múmias do Museu de Antiguidades Egípcias, no Cairo, que datam de 1981 a.C. a 364 d.C.
      Os cientistas encontraram evidências de vasos sanguíneos e de tecido do coração em 13 múmias, sendo que em quatro delas, o coração estava intacto. Contudo, foram confirmados em três delas sinais inequívocos de arteriosclerose, com outras três consideradas como prováveis portadoras de endurecimento arterial. Este último indício é causado pelo depósito de gordura, cálcio ou outras substâncias na parede das artérias e pode provocar enfartes ou derrames, pelo que é possível que essas três múmias também tenham tido problemas cardíacos.
      Segundo o estudo, a calcificação mostrou-se significativamente mais comum em múmias de indivíduos que morreram com 45 anos ou mais, não tendo sido verificadas diferenças no endurecimento nas artérias entre homens e mulheres.
      Das múmias analisadas, a mais antiga com arteriosclerose morreu entre 1570 a.C. e 1530 a.C.
      O estudo que originou estas conclusões foi apresentado por Randall Thompson, professor de medicina do Mid America Heart Institute, durante uma reunião da American Heart Association que decorreu na passada terça-feira, e publicado na última edição do Journal of the American Medical Association (JAMA).

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