quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Exumação de Da Vinci

      Os italianos pretendem proceder à exumação do cadáver de Da Vinci, com o propósito de provar que a obra Mona Lisa é um auto-retrato do próprio artista.
      A teoria tem vindo a ganhar força e agora alguns investigadores italianos querem mesmo exumar o corpo de Leonardo Da Vinci para reconstruir o seu rosto e confrontar a possibilidade de o famoso quadro Mona Lisa ser o seu auto-retrato.
      A hipótese começou a surgir quando se fez uma sobreposição de um retrato oficial do pintor com o quadro que se encontra actualmente no Louvre.
      A identidade de La Gioconda (Mona Lisa) sempre foi um mistério e as teorias mais comuns são as de que seria a mãe do artista ou a mulher de um mercador de Florença.
     Os cientistas do Comité Nacional para a Valorização dos Bens Históricos, Culturais e Ambientais da Itália pretendem agora exumar as ossadas e, a partir da face, reconstruir a cabeça para depois estabelecer a comparação.
      Leonardo Da Vinci foi um polímata italiano e uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento. Destacou-se como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquitecto, botânico, poeta e músico e ainda como o precursor da aviação e da balística.
      Concebeu ideias muito à frente do seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações e muitas outras. Da Vinci foi considerado o maior génio da história, devido à sua multiplicidade de talentos e pelas suas obras polémicas.
      Num estudo realizado, em 1926, estimou-se que tinha um QI de 180.
      Da Vinci morreu em 1519, aos 67 anos, e acredita-se que foi enterrado no castelo de Amboise, no vale do Loire, em França. O local foi alvo de vários saques ao longo dos séculos, mas não há certeza de que a sepultura seja mesmo a dele e, por isso, os herdeiros do castelo nunca incluíram a informação nos panfletos turísticos.
      Portanto, a primeira etapa será encontrar os restos mortais e provar que lhe pertencem para depois extrair o ADN que será comparado com o de alguém que tenha tido algum grau de parentesco com ele. Entretanto, os investigadores já encontraram um pintor que se verificou ser descendente do lado paterno de Leonardo da Vinci, enterrado em Bolonha, nos finais do século XV.
      A reconstrução do crânio também poderá dar algum trabalho aos cientistas já que poderá estar fragmentado. A equipa usará sistemas virtuais e métodos de morfologia para recompor as partes que faltam. A partir daí, a face será restaurada em computador e depois modelada em plástico.


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