sábado, 30 de janeiro de 2010

Os Maias

      Um túmulo, com um sarcófago com mais de mil anos e outros objectos, foi recentemente encontrado por uma equipa de arqueólogos, no estado mexicano de Chiapas, e pode trazer à luz novas pistas sobre o declínio da civilização Maia.

      Os investigadores, do Instituto Nacional de Antropologia e História, trabalhavam nas escavações na Acrópole da zona arqueológica de Toniná, quando encontraram a sepultura – que acreditam pertencer ao período entre 840 e 900 d.C.
      No local, para além do sarcófago em pedra, com dois metros de comprimento por 70 centímetros de largura e 60 de profundidade, ainda encontraram uma lápide, um vaso, um crânio deformado e fracturado em vários pontos e ossos longos dispostos em forma de cruz. Os restos mortais indicavam ser de uma criança ou jovem mulher de classe alta, uma vez que os globos oculares eram pequenos.
      Segundo Juan Yadeun Ângulo, arqueólogo responsável pela investigação, este tipo de sarcófago "é único no México antigo, e bastante parecido com o da «Rainha Vermelha» («Reina Roja») – descoberto em Palenque, em 1994 – tanto no tamanho como por não ter qualquer inscrição”.
      A descoberta pode revelar quem "foram os causadores do declínio (da civilização Maia), se foram pessoas locais influenciadas por um grupo do Altiplano, ou da Mesoamérica ou de Tabasco (sudoeste)", estado vizinho de Chiapas. No entanto, há várias teorias – umas sugerem enfraquecimento devido a lutas internas, guerras e rebeliões, assim como um possível abuso dos recursos naturais que debilitou o ecossistema e provocou longas secas e escassez de alimentos. Entretanto, os investigadores vão continuar a estudar os restos encontrados para conclusões mais concretas.
      A civilização Maia, que ocupou a região entre 2000 a.C. até seu desaparecimento, em 1546, meio século depois da chegada dos conquistadores espanhóis, desenvolveu um avançado calendário, além de grandes cidades (as maiores de seu tempo no mundo) e uma organização política imperial.

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