quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Chuva de Células Extraterrestres

      Em 2001 e durante cerca de 2 meses, os habitantes de uma povoação situada no sul da Índia (Kerala) habituaram-se à chuva de cor vermelha da sua cidade.
      Um físico da Universidade de Cochin (Godfrey Louis), interessou-se pelo fenómeno e recolheu várias amostras da água da chuva vermelha que, ao que tudo indicava, seria apenas um fenómeno vulgar relacionado com qualquer tipo de contaminação.
      Ao microscópio o físico observou que a água não tinha pó nem areia mas continha algo com muito mais impacto: estava repleta de células vermelhas, muito parecidas aos dos micróbios da Terra, mas sem presença de ADN (DNA em inglês).
      O referido investigador da universidade indiana sugeriu que as células poderiam ser extraterrestres. A ideia despertou sorrisos de cepticismo mas recebeu a aprovação para ser publicada na revista científica “Astrophysics and Space Science” em 2006.
      Agora, o investigador e a equipa alargada à Universidade de Cardiff, no Reino Unido, vieram a público dar notícia de algo ainda mais inquietante: as células que acredita m ter origem extraterrestre estão a reproduzir-se.
      Godfrey Louis considerou que as células descobertas na água da chuva não poderiam ser terrestres porque não encontrou provas de ADN. Os glóbulos vermelhos seriam ainda uma possibilidade mas deveriam ter sido destruídos em contacto com a água da chuva. Numa extraordinária explicação, o investigador sugeriu a possibilidade de um cometa ter-se desintegrado na atmosfera superior e salpicado as nuvens quando estas flutuavam sobre a Terra, o que explicava a chuva vermelha que surpreendeu a Índia em 2001.
      Os investigadores recolheram ainda informações na região acerca de um ruído semelhante ao de um objecto que superava a barreira do som, o qual poderia ter sido provocado pela tal rocha espacial a desintegrar-se.
      A equipa internacional de investigadores conta com a presença de Chandra Wickramasinghe, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, um dos principais defensores da teoria da panspermia, segundo a qual a vida na Terra, como noutros mundos, foi semeada através do impacto de um cometa ou asteróide sugerindo que somos todos extraterrestres.
      Segundo a “Technology Review”, publicada pelo MIT, estes investigadores asseguram que as células estão a reproduzir-se mas a temperaturas de 121 graus, não se reproduzindo à nossa temperatura ambiente, permanecendo inertes, fenómeno que é raro, já que as esporas de alguns extremófilos podem sobreviver a este tipo de temperaturas elevadas mas reproduzir-se a temperaturas menores. Contudo, nada do que é conhecido se comporta deste modo a estas temperaturas.

1 comentário:

  1. É uma pena que já foi comprovado que essas tais "células extraterrestres" eram apenas línquem vermelho comum, que foi arrancado das árvores de uma floresta perto de Kerala por fortes ventos e levado às alturas, onde se misturou com as nuvens e precipitou-se ao solo junto com elas.
    Não foi dessa vez que choveu extraterrestres. Quem sabe na próxima.
    Fontes? Pois não:

    http://www.flickr.com/search/show/?q=%22red+lichen%22&ss=0&ct=0&mt=all&adv=1

    e

    http://plavida.blogs.sapo.pt/10653.html

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