quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Democracia e as Abelhas

      Thomas Seely é um investigador na área da neurobiologia comportamental da Universidade de Cornell (Escócia) que no seu recente livro “Honeybee Democracy” (Democracia da Abelha do Mel), afirma que as abelhas tomam decisões através de um processo democrático quando fazem escolhas importantes, “de vida ou morte”, e se mudam para uma nova colmeia.

      Quando a colmeia começa a ficar lotada, dois terços das abelhas trabalhadoras e a rainha abandonam-na e partem à procura de uma nova casa.
      O investigador verificou que as abelhas vão à procura de novos locais para se instalarem e, em centenas de abelhas, descobrem-se 10 a 20 potenciais locais que são apresentados à colmeia, através de uma “dança” propagandística.
      As abelhas “conseguem apreciar e avaliar os benefícios da provável nova casa segundo o tempo de dança que lhe dedicam. Têm uma espécie de capacidade incorporada para julgar a qualidade de cada local, as abelhas são honestas e, se o local for medíocre, não será anunciado tão intensamente”.
      Entretanto, outras abelhas inspecionam os sítios assinalados e regressam para dançar para as primeiras. O melhor local é eleito através da dança mais vigorosa e a sua popularidade vai aumentando.
      Seeley acredita que os seres humanos podem aprender muito sobre o processo de tomar decisões por vias democráticas observando as abelhas, porque a partir do momento que existem interesses comuns, uma escolha coletiva pode assegurar a melhor opção, já que existem membros diferentes e um líder imparcial.

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