sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Segurança "Online"

      Ao contrário do que tem sido defendido, nem todos os predadores sexuais se comportam da mesma forma enquanto navegam na Internet, existindo pelo menos três tipos distintos de perfis.

      De acordo com os primeiros resultados do “European Online Grooming Project”, são apontados os seguintes tipos de comportamento diferenciado: o "Attachment Distorted", "Adaptable Offender" e "Hyper-Sexual".
      “Estas novas evidências são um alerta para a urgência de que é preciso fazer mais para ajudar a que os jovens permaneçam seguros”, dizem os investigadores. Stephen Webster, um dos responsáveis pela análise, refere que a adoção por partes das redes sociais de estratégias como o botão de pânico e o trabalho que está a ser feito para aumentar a consciencialização dos jovens sobre os riscos “online” é excelente, “mas este estudo indica que a abordagem generalizada já não é suficiente”.
      Relativamente aos perfis definidos, os predadores do tipo “Attachment Distorted” acreditam que estão num relacionamento romântico e consentido com a criança, não usam imagens indecentes e não tentam esconder a sua identidade. Este tipo de "groomer" (como são denominados em inglês os “aliciadores”) tende a passar muito tempo a socializar “online” com a vítima, para conhecê-la melhor antes de marcar um encontro pessoal.
      Os “Adaptable Offenders” na maioria das vezes recorrem a identidades diferentes “online”, adaptando o seu estilo ao da criança com que estão em contato. Encaram as vítimas que aliciam como sexualmente maduras e podem ou não utilizar imagens indecentes. Os encontros pessoais também podem ou não ser tentados.
      Já os predadores do tipo “Hyper-Sexual” têm tendência para colecionar quantidades enormes de imagens impróprias para e de crianças, mantendo-se em contato com outros aliciadores “online” e apresentam pouco interesse em encontrar-se pessoalmente com a sua vítima. São igualmente características deste perfil a utilização de entidades diferentes e de perfis “online” sexualmente explícitos e o contato rápido com a vítima.
      Outro dado preocupante deste estudo, que resultou de uma colaboração entre universidades do Reino Unido, Bélgica, Itália e Noruega, é que muitos jovens comportam-se “online” de uma forma que pode ser encarada como “sexualmente provocadora”, sem perceberem os riscos que correm, alertam os investigadores dando o exemplo do tipo de fotos muitas vezes colocadas nos perfis das redes sociais.
      Depois do estudo, o objectivo do “European Online Grooming Project” passa pelo desenvolvimento de um conjunto de recomendações sobre segurança “online”, tendo em conta as novas conclusões.
      Mais info no “European Online Grooming Project” na seguinte ligação:
      http://www.europeanonlinegroomingproject.com/
 

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