segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Censura na Internet

      Um estudo publicado no âmbito da iniciativa “OpenNet” revela que a maioria dos programas utilizados para censurar a Internet, especialmente nos regimes ditatoriais, foram desenvolvidos por empresas do Ocidente.

      O estudo tinha inicialmente como objetivo analisar o papel das empresas do setor das novas tecnologias na censura da Internet, nomeadamente no Médio Oriente durante as recentes revoluções que ocorreram na região.
      De acordo com o estudo, pelo menos «nove países da região utilizaram ferramentas para bloquear conteúdos sociais e políticos criadas no Ocidente», o que impediu «cerca de 20 milhões de pessoas de acederem a sítios.»
      O conjunto de países citado pelo estudo inclui estados como a Arábia Saudita, Tunísia, Qatar, Sudão ou o Iémen, que recorriam a ferramentas para bloquear conteúdos relacionados com temas tão diversos como “ateísmo”, “sexualidade” ou contrários ao Islão.
      Os autores do estudo alegam que as empresas que desenvolvem as tecnologias em causa, como a norte-americana “McAfee” ou a canadiana “Netsweeper”, sabem qual é o seu fim.
      Um dos autores do estudo, Jillian C. York, considera que a conclusão mais importante do estudo foi terem descoberto «quanto dinheiro se está a gastar em tecnologia nos EUA para passar por cima de filtros que as suas próprias empresas criam».

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