quarta-feira, 22 de junho de 2011

E se a Internet fosse apenas nacional?

      O Irão pode estar mais perto de criar aquilo que é descrito como uma "Internet nacional", destinada a substituir o acesso à “World Wide Web” no país.

      A possibilidade terá sido avançada já em fevereiro, na sequência dos protestos pela democracia que agitaram alguns países do Médio Oriente e norte de África e que levaram os governantes a apertar os mecanismos de controlo dos conteúdos a que o povo tem acesso “online”. Mas o assunto volta agora a ser notícia com as declarações do responsável pela pasta da economia, que mostram que as autoridades governamentais não desistiram da ideia.
      De acordo com o Wall Street Journal, que cita informações publicadas na imprensa local, esta "Internet alternativa" funcionaria, pelo menos numa fase inicial, de forma paralela àquela a que temos acesso, substituindo a utilização da rede global nos lares do Irão. Bancos, órgãos governamentais e grandes empresas continuariam a ter acesso à Internet "normal".
      A Internet local será "uma verdadeira rede "halal", destinada a muçulmanos ao nível da ética e da moral", afirmou Ali Aghamohammadi, citado pela imprensa, que explica ainda que "halal" significa “conforme com a lei islâmica” e disse ainda que esta rede, conforme à dita lei, poderá mesmo vir a substituir na íntegra o acesso à WWW no Irão e estender-se a outros países islâmicos.
      Em fevereiro, o diretor do instituto de investigação a cargo do ministério das telecomunicações tinha dito a uma agência de notícias local que, "em breve", 60 por cento dos lares e empresas do país estariam a usar a nova internet interna e que em dois anos esta seria alargada a todo o país.
      O representante da missão iraniana nas Nações Unidas, contactado pela mesma fonte (o jornal acima referido), recusou-se a comentar os planos, afirmando apenas que o assunto era "uma questão técnica relativa ao progresso científico do país".

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