Este roedor é normalmente encontrado no sul da Etiópia, Quénia e Somália e é famoso por ser o rato mais feio do mundo e viver em ambientes adversos. No entanto, as restantes características, que o distinguem dos demais, captaram a atenção da equipa coordenada pelo cientista português, especialmente pela sua longevidade e metabolismo, cujo trabalho gira em torno da genética do envelhecimento.
É um animal com falta de sensação de dor na pele e tem um metabolismo muito baixo que lhe permite viver no subsolo, com níveis de oxigénio limitados.
O cientista explica que “Dedicamo-nos à biologia e genética do envelhecimento e estamos, sobretudo, interessados no rato-toupeira pela sua longevidade. Vive mais de 30 anos e é um animal bastante pequeno” – o que o torna mais cativante, dada a relação entre o tamanho e a longevidade –, “por exemplo, mamíferos grandes, como as baleias e os elefantes, vivem muito mais tempo do que animais de volume menor, tal como os roedores”. O rato-toupeira-nu é uma exceção à regra e consegue ser mais pequeno do que um rato comum. Por todas estas razões, “temos um enorme interesse em estudar os mecanismos de envelhecimento e a sua enorme capacidade de resistência a doenças e ao cancro”.
Concluiu o cientista que “A sua capacidade de reparação de danos de ADN e de resistência a doenças tem como objetivo final ser usada a favor dos seres humanos em doenças do envelhecimento, como Alzheimer e outras”.

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