Investigadores franceses e sul-africanos encontraram martelos e tiras de couro, usados para a fabricação de ocre (um tipo de argila em pó), bem como outros elementos moídos, como ossos de mamíferos, pedaços de pedras e carvão. O pó era armazenado em conchas de moluscos do mar. Da mistura do pó com líquidos nasciam pigmentos de cores com vermelho e amarelo.
O artigo da descoberta foi publicado na revista “Science”. Christopher Henshilwood, que liderou a investigação, acredita que esta descoberta é um marco na cognição humana porque demonstra que o Homo sapiens, de há 100 mil anos atrás, tinha a capacidade de armazenar substâncias que usava nas suas práticas sociais e diz: "O Homo sapiens, naquele período, era muito mais inteligente do que pensávamos. Inclusive, era capaz de promover artes razoavelmente sofisticadas, pelo menos 40 mil ou 50 mil anos antes de qualquer exemplo conhecido desta ciência".
A mistura de pigmentos poderia ser usada para preparar peles de animais, pintar o corpo ou mesmo as paredes da caverna, embora ainda haja pouca informação sobre estes dados. Henshilwood acredita que havia um propósito simbólico.

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