A rede chama-se “mmMule” e o utilizador registado passa a ser uma “mula” expondo o que necessita ou pretende e dizendo também o que pode dar em troca ao viajante. Por exemplo: pode propor-se a conduzir o viajante que se encontra na sua cidade com uma visita guiada, indicando-lhe locais especiais e até conseguir-lhe alojamento, etc. e todo este serviço que presta serve de troca ao seu pedido, por exemplo, que o viajante traga uma garrafa de vinho do seu país ou qualquer outra coisa que lá se consiga e o viajante possa consigo trazer. Assim, o utilizador registará os seus desejos e também aquilo que se propõe fazer em troca e depois é só esperar que as coisas aconteçam e alguém viaje até ele carregando a coisa desejada, como uma mula de carga.
Apesar da rede ainda não se encontrar em funcionamento público, já foram efetuados alguns testes: da Irlanda para Sydney, da Cidade do Cabo para a Nova Zelândia, do Quénia para a Tanzânia, de Sydney para Samoa, entre outras. Os pedidos foram variados e todos concluídos com sucesso: chá Barry da Irlanda em troca de bebidas com amigos em Sydney; uma garrafa de vinho Pinotage de Stellenbosch, África do Sul, em troca de uma saída à noite em Sydney; caramelos Tim Tams da Austrália em troca de um “tour” personalizado pelas ilhas Samoa, etc.
Esta nova rede social pretende proporcionar uma nova forma de obter o que se deseja, de qualquer parte do mundo, ao mesmo tempo que se conhecem pessoas e se experimentam outras culturas.
O nome do sítio (mula) vem de uma experiência de viagem dos criadores (Avis Mulhall e Ancrew Simpson) que dizem: «A meio caminho de uma montanha da Etiópia com um padre que dançava, um casal de burros e um bode malfadado chamado Henry, decidimos abandonar os nossos trabalhos e seguir a nossa paixão por viagens.» Nascia assim a mascote mula de nome Henry, em memória do tal bode que conheceram na Etiópia.
Avis Mulhall acredita no poder dos média e da internet e que «o mmMule pode revolucionar a maneira como as pessoas viajam, se conhecem e recebem encomendas». Diz ainda que no ano passado foi viver para Sydney, onde não conhecia ninguém, para se dedicar ao mmMule. Ficou doente e teve de se submeter a uma cirurgia para a doença de Crohn. Acabou por ter complicações e em vez de cinco dias ficou dois meses no hospital, onde foi submetida a três cirurgias. «Isto tudo enquanto construía o começo do sítio. Foi o Twitter que me manteve sã. Fiz grandes amigos online e conheci-os pessoalmente depois. Na verdade, cerca de 90% das pessoas que conheço em Sydney encontrei-as no Twitter».
O sistema também pode ser usado de forma altruísta, basta para isso ser um “Angel Mule” e aproveitar a viagem para entregar bens urgentes a organizações humanitárias. Em troca, estas “mulas” podem visitar e participar em atividades das organizações.
Mais info em: http://www.mmmule.com

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