A Convenção sobre o Comercio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES), que se celebrou no passado fim-de-semana no Qatar, veio alertar para esta situação.
Uma das espécies ameaçadas mais procuradas é o coral vermelho. Os E.U.A. apresentaram proposta de regulamentação do comércio do coral vermelho, muito utilizado para fabricar jóias, cujas transacções envolvem grandes quantias de dinheiro e grande quantidade de vendas pela Internet.
A convenção rejeitou a proposta dos E.U.A. acreditando que o maior controlo da comercialização prejudicaria os pescadores mais desfavorecidos, apontando esta razão como a causa da rejeição da proposta.
A rejeição foi votada favoravelmente por 59 países mas obteve 64 votos contra de outros tantos países.
O quilograma do coral bruto ronda os 1100 euros mas após ser incorporado em peças trabalhadas, o quilo pode alcançar até cerca de 35 mil euros.
A “International Fund for Animal Welfare” realizou vários estudos, concluindo que “o comércio de espécies através da Internet é um dos principais desafios que enfrenta a Convenção”, afirmando haver milhares de espécies comercializadas através na web, tanto aparecendo em páginas específicas como em secções de anúncios classificados ou em salas de conversação virtuais.
A maior parte das vendas ocorrem nos Estados Unidos, mas também acontecem em grande número na Europa, China, Rússia e Austrália.
Há também muita procura do marfim africano, sendo igualmente muito apreciadas as aves exóticas e outro tipo de produtos como ossos de tigre e peles de espécies em perigo como do urso polar ou de leopardos.
A Convenção rejeitou ainda a proposta americana de proibir o comércio internacional de ursos brancos, das suas peles e de outros troféus de caça, sobretudo por oposição aos europeus, ao Canadá e à Gronelândia, que justificaram a sua rejeição afirmando que o urso polar já está suficientemente protegido, porque o comércio é permitido mas com restrições.
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