A conclusão surge no “Information Economy Report” apresentado pela Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), onde o organismo realça o papel dos dispositivos móveis como uma das tecnologias que mais tem crescido em termos de utilização.
De acordo com a UNCTAD, os Estados devem criar novas políticas para que estes dispositivos cheguem a cada vez mais pessoas.
Supachai Panitchpakdi, secretário-geral do organismo, realça que este aspecto ganha uma maior importância numa altura em que o número de subscrições de serviços móveis está perto de alcançar os cinco mil milhões em todo o mundo, o que corresponde a quase um telemóvel por pessoa.
O relatório realça que os telemóveis têm um papel fundamental a nível económico, pois na maioria dos países em desenvolvimento são a tecnologia mais acessível para aceder a informação.
Para a UNCTAD os telemóveis têm promovido a criação de inúmeros micro-negócios, como o aluguer de chamadas, o que ajuda muitas pessoas com baixa educação a conseguirem sobreviver.
O secretário-geral da conferência destaca o exemplo indiano, que pode ser exportado para África: «a Índia conseguiu mostrar-nos a forma como tornar estes equipamentos tão baratos que é possível a qualquer pessoa ter um».
Supachai Panitchpakdi propõe agora aos governos dos países em desenvolvimento a criação de condições para que as suas populações, nomeadamente as que vivem em áreas rurais, possam aceder a estes serviços e melhorarem as condições de vida.
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