segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mais Devagar

      Pode parecer-nos que as crianças crescem rapidamente e que de geração em geração crescem mais e mais depressa mas de acordo com a antropologia evolutiva, as crianças humanas crescem de forma mais lenta do que os outros animais e, a cada geração que passa, demoram ainda mais a crescer, isto é, a infância dura cada vez mais tempo.

      De acordo com um estudo recentemente publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”, estudo feito a partir da análise de dentes de fósseis e da comparação com dados atuais, pode concluir-se que o homem de Neandertal atingia a maturidade mais cedo do que o homem moderno.
      Os dentes registam a passagem do tempo, capturando cada momento do desenvolvimento como acontece nos anéis de crescimento das árvores e em especial os molares, nos quais de pode detetar uma minúscula certidão de nascimento; uma linha que permite calcular exatamente a idade de um indivíduo.
      Esta lentidão, cada vez maior do nosso crescimento, ao contrário do que pode parecer, não será negativa, pelo contrário, parece ter ser positiva até, pois apesar de sermos mais demorados em tudo, desde até a gestação, certo é que vivemos mais do que os outros primatas, dos quais nos distanciamos há já cerca de 6,5 milhões de anos.

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