terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tráfico de Órgãos Humanos

      Uma mulher de 68 anos, traficante de órgãos humanos há 50 anos, acaba de ser detida pela polícia moçambicana na província de Tete (centro de Moçambique).

      Na altura da detenção, a mulher transportava um dos pés do neto (de 8 anos) falecido há cerca de uma semana.
      A denúncia foi feita às autoridades pelos próprios familiares que a acusam de ser a responsável pelo desaparecimento físico de alguns entes queridos, além do tráfico de órgãos humanos e actos de feitiçaria.
      A mulher disse ter extraído alguns órgãos do neto, como o pé, após as cerimónias fúnebres, com o objectivo de os vender na vizinha Zâmbia, tendo no entanto ficado com o pé para actos de feitiçaria.
      Depois da secagem, os órgãos eram usados para consumo, venda e fins supersticiosos, atividade que a mulher praticava há mais de 50 anos, tal como disse aos jornalistas enquanto segurava o pé do neto.
      Apesar de não saber quanto já lucrou com este modo de vida, a idosa afirmou ter recebido, até agora, cerca de 100 cabeças de gado bovino.
      Note-se que em Moçambique, os casos de homicídio, tráfico e extracção de órgãos humanos (na maioria das vezes órgãos sexuais) ligados à feitiçaria são vulgares e frequentes.
      Em Outubro passado, o Tribunal Judicial da Zambézia já tinha condenado a 20 anos de prisão dois homens que em maio arrancaram os olhos e cortaram os órgãos genitais a um menor de 12 anos, para posteriormente os venderem no Malauí, por um preço equivalente a cerca de 400 euros.

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