Uma mulher de 68 anos, traficante de órgãos humanos há 50 anos, acaba de ser detida pela polícia moçambicana na província de Tete (centro de Moçambique).
Na altura da detenção, a mulher transportava um dos pés do neto (de 8 anos) falecido há cerca de uma semana.
A denúncia foi feita às autoridades pelos próprios familiares que a acusam de ser a responsável pelo desaparecimento físico de alguns entes queridos, além do tráfico de órgãos humanos e actos de feitiçaria.
A mulher disse ter extraído alguns órgãos do neto, como o pé, após as cerimónias fúnebres, com o objectivo de os vender na vizinha Zâmbia, tendo no entanto ficado com o pé para actos de feitiçaria.
Depois da secagem, os órgãos eram usados para consumo, venda e fins supersticiosos, atividade que a mulher praticava há mais de 50 anos, tal como disse aos jornalistas enquanto segurava o pé do neto.
Apesar de não saber quanto já lucrou com este modo de vida, a idosa afirmou ter recebido, até agora, cerca de 100 cabeças de gado bovino.
Note-se que em Moçambique, os casos de homicídio, tráfico e extracção de órgãos humanos (na maioria das vezes órgãos sexuais) ligados à feitiçaria são vulgares e frequentes.
Em Outubro passado, o Tribunal Judicial da Zambézia já tinha condenado a 20 anos de prisão dois homens que em maio arrancaram os olhos e cortaram os órgãos genitais a um menor de 12 anos, para posteriormente os venderem no Malauí, por um preço equivalente a cerca de 400 euros.
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