As faldas descartáveis, na realidade, não são nada descartáveis. Quando depositadas num aterro sanitário podem demorar séculos a degradarem-se.
Esta lenta decomposição das fraldas descartáveis e a sua eliminação em grande escala tornam este resíduo num grave problema para a sociedade moderna.
Numa investigação recente, realizada na Universidade Metropolitana Autónoma da Cidade do México, verificou-se que a utilização de cogumelos pode acelerar o seu processo de decomposição.
No artigo, publicado na revista científica “Waste Management”, está descrito que “cultivar o tipo certo de cogumelo em fraldas pode degradar cerca de 90% dos seus materiais num período de dois meses e em quatro meses estão degradadas completamente.”
Na investigação foram utilizados os cogumelos Pleurotus ostreatus que, na natureza, crescem em árvores mortas e se alimentam de celulose que é o principal material das fraldas.
Estes cogumelos são comestíveis, mesmo os que se alimentaram das fraldas durante o seu crescimento. Segundo a investigadora Vázquez-Morillas, o uso culinário destes cogumelos foi uma das razões que a levaram a escolhê-los para o estudo.
Contudo, a ideia de que os cogumelos, após degradarem as fraldas, podem ser vendidos e consumidos é controversa. Na prática, a dieta destes cogumelos pode ser uma barreira à sua comercialização. Mas Vázquez-Morillas insiste: “são mais limpos que a maioria dos vegetais que se podem encontrar no mercado, pelo menos no México.”
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
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