quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Molécula-Chave

      Um estudo coordenado por uma investigadora da Universidade do Minho (Braga, Portugal) descobriu uma molécula-chave que «abre novas perspetivas» no tratamento de doenças como Parkinson, Alzheimer, hipertensão hereditária e cancro, assim o afirmando Sandra Paiva, da Escola de Ciências da mencionada universidade.
      A Sandra explicou que as células produzem proteínas responsáveis pela entrada dos nutrientes disponíveis ou preferidos e destruindo as proteínas que não são necessárias. No estudo, foi descoberta uma molécula-chave envolvida no processo de destruição de proteínas na célula. «Quando a molécula recebe informação da presença de determinado nutriente, destrói então os transportadores indesejáveis».
      Os resultados deste estudo representam «um grande avanço» na compreensão dos mecanismos de degradação de proteínas. As células de cancro, por exemplo, «necessitam de muita energia e ao conseguirmos reduzir o número de transportadores podemos de algum modo privá-las de alimento, tornando-as mais sensíveis à quimioterapia».
      O trabalho utilizou como modelo um microrganismo, a levedura do pão ou da cerveja, que é fácil de crescer em laboratório e partilha uma grande semelhança dos seus genes com os genes humanos.
      A investigação foi realizada por uma equipa coordenada por Sandra Paiva e por Sebastien León, do Instituto Jacques Monod da Universidade de Paris. A equipa integra ainda outros investigadores das universidades de Paris e Madrid.
      A investigação acaba de ser publicada na conceituada revista “Journal of Cell Biology” e foi premiada no “2011 Nature Cell Biology Poster Prize Winners”.

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