sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Passaporte Perdido

      Um estudante português comprou numa feira de antiguidades em Paris um passaporte emitido há 60 anos, de uma americana de nome Betty Werther. Após tal compra iniciou uma pesquisa, que durou 8 meses, concluindo na semana passada quando encontrou Betty, hoje com 85 anos de idade e um passaporte que revelava uma vida cheia de viagens.
      A americana saiu da Universidade da Califórnia em 1949 rumo a Paris, onde começou uma vida de viagens, romances e aventuras. Pelo caminho perdeu o passaporte. Seis décadas depois Nuno Fonseca, que passou o Verão a estudar numa universidade francesa, encontrou o documento numa feira.
      «Eu tinha de comprar o passaporte de alguém que, 60 anos antes de mim, embarcou na mesma aventura de ir para Paris estudar e que esteve a viver na mesma morada que eu», disse Nuno, aluno de Medicina no Porto, acrescentando: «E claro, também queria sentir a emoção de encontrar a dona do passaporte».
      O estudante, de 23 anos, acabou por encontrar a americana dona do passaporte, que afinal continua a viver em Paris, a qual ficou surpreendida e muito agradecida pela ação que considerou «importante», pois trata-se do seu «primeiro passaporte», com registo de viagens ao Egito, Jordânia, Síria, Israel, Turquia, China, México, Costa Rica e Argélia, entre outros.
      Betty disse que Nuno denota uma “grande perseverança com esta iniciativa o que faz prever que só poderá vir a ser um médico incrível. Quem sabe que doenças ele será capaz de curar?”
      Betty disse que “A vida na época era muito triste e difícil, com a ocupação nazi. No pós-guerra viveu-se uma euforia, em que tudo parecia possível."
      Nuno também comentou: "Eu acho que Paris é uma cidade incrível, onde tudo pode acontecer.”
      Na imagem abaixo, está a imagem do passaporte com a fotografia de Betty da época, a sua foto atual e a do estudante Nuno.

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