sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Feticídio Feminino Asiático

      O que é o “Feticídio” Feminino Asiático que hoje dá título a este artigo?  
      Trata-se de uma nova denominação que começa a ser muito usada (infanticídio feminino) e refere-se à interrupção seletiva da gravidez, sempre que se apura que esta está a gerar indivíduos do sexo feminino e isto ocorre um pouco por toda a Ásia, preferindo-se que nasçam rapazes a raparigas.  
      Esta crendice asiática tem resultado num grave desequilíbrio entre os sexos, especialmente visível, dada a dimensão demográfica, na China e na Índia. Nestes países a gravidez é interrompida logo que se sabe o sexo do feto mas, caso nasça e verificado o sexo, são abandonados ao ar livre ou nas lixeiras  
      Estatisticamente, à escala mundial, o normal é que nasçam mais mulheres do que homens, cerca de 105 mulheres por cada 100 homens, mas este facto não constitui desequilíbrio demográfico, pois como a mortalidade é superior nos homens, os sexos ficam equilibrados. Esta tendência natural está a ser muito contrariada nos países asiáticos.  
      Os especialistas indicam causas culturais (sexismo inerente à sociedade que leva os pais a preferirem rapazes), tecnológicas (é cada vez mais fácil saber o sexo do bebé em fases iniciais da gestação) e políticas (política do filho único na China, que penaliza quem tem mais do que uma criança).  
      Cientes de que o aborto seletivo de raparigas é uma realidade, os Estados onde ele ocorre, como também no Vietname e no Paquistão, começam a legislar contra essas interrupções determinadas pelo sexo.  
      O problema não está, no entanto, circunscrito à Ásia. No passado mês de maio um estudo canadiano revelou que existem desproporções idênticas entre os sexos em comunidades asiáticas na província de Ontário. Outro trabalho, mais antigo, revelou que as comunidades indianas de locais como Inglaterra ou o País de Gales também apresentam uma desproporção entre os sexos, sempre a favor do masculino. O mesmo sucedendo em países europeus como a Albânia, a Arménia, o Azerbeijão. 

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