quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Coragem Companheiros

      Num dia como o de hoje (16 de agosto) do ano de 1894 (há 118 anos), pelas 04H55 da manhã, em frente à cadeia de Saint-Paul, ocorria a execução pela guilhotina do jovem anarquista Sante Geronimo Caserio, aos 22 anos de idade (1873-1894).  
      Caserio foi um anarquista italiano que se celebrizou por ter apunhalado e morto o presidente francês, com um único golpe.  
      Caserio mandou fazer um punhal de propósito para o ato, com cabo em cobre e listras intercaladas de veludo negro e vermelho. 
      Em junho, após um banquete, dirigindo-se o presidente francês, em carruagem aberta, a um baile de gala, Caserio saltou para a carruagem e, de um só golpe, apunhalou o presidente, cravando o punhal entre o pescoço e o peito.  
      No julgamento, Caserio veio a ser condenado à pena de morte, por guilhotina, tendo recebido o veredicto com um grito de “Viva a Revolução”.  
      As suas últimas palavras no tribunal foram:  
      «Se os governantes podem usar contra nós espingardas, correntes e prisões, nós devemos – nós os anarquistas, para defendermos nossas vidas – devemos ater-nos às nossas premissas? Não. Pelo contrário, a nossa resposta aos governantes será a dinamite, a bomba, o estilete, o punhal. Em uma palavra, temos que fazer tudo o possível para destruir a burguesia e o governo.»  
      No cadafalso, segundos antes de morrer, Caserio gritou à multidão que assistia:  
      «Coraggio compagni e viva l’Anarchia.» (Coragem Companheiros e viva a Anarquia [o Anarquismo]).  
      A memória de Caserio, bem como do seu corajoso maior ato não foi apagada com a sua execução, tendo sido sempre recordado ao longo dos anos seguintes. Um ano depois, assinalando a data da sua execução, em Itália, uma bomba explodia no consulado de França e em 1896 surgiria até uma revista publicada em castelhano, em Buenos Aires, intitulada “Caserio”. 
 

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