terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sonda Curiosity Chegou a Marte

      Ontem, 6 de agosto, a sonda Curiosity, enviada para Marte há cerca de 8 meses, pousou finalmente naquele planeta, onde permanecerá a explorá-lo durante os próximos 10 anos.  
      A sonda Curiosity entrou na atmosfera de Marte com uma estrutura de proteção acoplada (que também funcionava como um escudo de calor, para evitar o superaquecimento da sonda). A velocidade naquele momento era de cerca de 20 mil km/h, sendo necessário utilizar a resistência do ar para a primeira etapa da desaceleração. Depois disso, ocorreu a ativação de um paraquedas especialmente produzido para a Curiosity.  
      Quando o paraquedas foi aberto, o sistema estava a cerca de 11 quilómetros acima do solo e a velocidade no momento era de aproximadamente 1.500 km/h. Com a separação do escudo de calor, a estrutura fica mais leve e a velocidade baixa para 450 km/h.  
      Como a atmosfera de Marte é pouco densa, apenas o paraquedas não é suficiente para deixar a sonda numa velocidade segura. Por isso, é realizada a separação da carcaça do paraquedas da sonda, e esta, utilizando propulsores contra a gravidade diminui a velocidade e pousa no solo de Marte com segurança. Tudo isto acontece em sete minutos, que são chamados pela NASA de “sete minutos de terror”.
      Se em 1969 o Mundo parou para ver os norte-americanos da NASA pisando o solo lunar, nesta madrugada foi a vez de fazer o mesmo com o Planeta Vermelho. Ainda não é uma missão tripulada, mas a sonda Curiosity chegou a Marte e a partir de agora será responsável pela captura de imagens incríveis e, principalmente, pela coleta e análise de amostras de rochas e outros materiais que podem ser encontrados por lá.  
      No dia 26 de novembro de 2011, a Curiosity foi lançada da Terra em direção a Marte. Foram mais de 250 milhões de quilómetros entre os dois planetas.  
      A sonda-robô terá vários objetivos a serem realizados durante sua “estadia” em Marte. Um dos principais é avaliar o solo e as condições climáticas para que os cientistas consigam saber se há hipóteses de o Planeta Vermelho abrigar alguma forma de vida, ou mesmo se isso foi possível em algum momento do passado. Isso inclui a descrição completa e detalhada da geologia marciana.  
      Também é de extrema importância que os cientistas consigam dados mais completos acerca da influência da água no desenvolvimento do planeta, assim como identificar as fases do ciclo que atualmente ocorre com a água existente. Por fim, a Curiosity deve detectar níveis e fontes de radiação que existem na superfície.  
      A primeira fase do projeto dura pouco menos de dois anos, mas a sonda deve ficar por mais alguns anos (estima-se uma década) rastreando a superfície de Marte. É com base nisso que os cientistas da NASA e diversos outros laboratórios poderão afirmar se realmente existiu vida em Marte. Isso seria essencial para encontrarmos a resposta para uma das perguntas mais antigas da humanidade: “Estamos realmente sozinhos?”.  
      Ao contrário do que aconteceu com as sondas anteriores à Curiosity, a mais nova habitante de Marte não é movida por painéis solares. No lugar deles, a sonda-robô possui geradores de plutónio, que possuem capacidades para fornecer a energia necessária para pelo menos 14 anos. Com isso, o veículo da NASA tem garantida a energia necessária para a missão. 
      Pouco depois da confirmação da chegada a Marte, também foi recebida uma fotografia que havia sido retirada do solo marciano. A imagem foi feita por uma câmara traseira, a mesma que será utilizada para garantir que não ocorra nenhum acidente com a Curiosity nos momentos em que ela estiver percorrendo o planeta.  
      Esta primeira fotografia é uma fotografia de baixa resolução, pois vai demorar cerca de uma semana até que a primeira imagem panorâmica em alta definição seja enviada até aos computadores da NASA.  

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